Casa de Pedra de São Luiz Gonzaga

Ninguem sabe ao certo a história desta casa, todos na Capital da Musica Missioneira tem um carinho e orgulho por este prédio que se destaca no centro da cidade, mas poucas informações se tem sobre o local. Mais imagens.

Situada no Rincão dos Antunes, interior do município de São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul, a Casa de Pedra constitui-se como um importante patrimônio histórico-cultural da região missioneira. Sua construção remonta ao ano de 1830, sob a responsabilidade de João Manoel Xavier Pedroso, em um contexto de tensão política e territorial, marcado por conflitos fronteiriços entre Brasil e países platinos. A obra foi motivada por uma tragédia pessoal: o assassinato de seu filho, Elias Pedroso, por castelhanos em 1828, o que impulsionou a edificação de uma estrutura defensiva com fins estratégico-militares.

A edificação, feita com blocos de pedra sobrepostos e estrutura robusta, funcionava como um pequeno forte, oferecendo proteção à família Pedroso diante da insegurança provocada pelas ameaças de incursões espanholas. Anos depois, o local adquiriu relevância ainda maior ao ser utilizado como quartel-general pelos farroupilhas, durante os primeiros movimentos da Revolução Farroupilha, em 1835, reforçando sua importância na história do Rio Grande do Sul (LEITE, 2001).

Além de sua função bélica, a Casa de Pedra também ocupa lugar no imaginário popular regional, sendo associada a lendas locais e episódios ligados à cultura indígena missioneira. Segundo relatos orais, o líder guarani Sepé Tiaraju e grupos indígenas teriam pernoitado no local durante deslocamentos entre São Luiz Gonzaga e Santiago das Missões, atribuindo ao espaço um valor simbólico que transcende sua materialidade e insere-se na tradição oral do povo missioneiro (GUIMARÃES, 2016).

Atualmente, a Casa de Pedra representa não apenas um marco arquitetônico do século XIX, mas também um símbolo de resistência e memória coletiva. Sua preservação é fundamental para a valorização do patrimônio regional e para o fortalecimento da identidade cultural do povo sul-rio-grandense, especialmente no que tange às relações entre a história das fronteiras, a memória da resistência farroupilha e o legado indígena missioneiro.


REFERÊNCIAS

GUIMARÃES, Rafael. Território e memória nas Missões: a presença simbólica de Sepé Tiaraju. Porto Alegre: Edipucrs, 2016.

LEITE, Sérgio da Costa Franco. Guerras e colonizações nas fronteiras do sul do Brasil. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 2001.

Empreendimentos

Lenda e Pajada do João de Barro

Nas Tribos Indígenas do sul do Brasil, para que um guerreiro pudesse tirar uma filha de uma família e a transformar em esposa teria que passar por provas justificando seu valor e valor. Sendo vencedor das tarefas era merecedor da moça que desejasse. Conta que antes do mundo ser separado por bandeiras existia em uma tribo Guarani um índio de nome Jaebé, forte, jovem, índio trabalhador, amigo e semp...