A lenda da Casa de M Bororé - Região das Missões

   Os jesuítas, em sua obra de catequese, no século XVII, fundaram as Missões ou Reduções no Sul da América Latina, onde hoje é o Paraguai, Argentina, Brasil e Uruguai. 
  Reuniram os guarani nos sete povoações à margem oriental do Uruguai, onde, essas povoações se transformaram em verdadeiras cidades, sendo elas: Santo Ângelo, São Miguel, São Lourenço, São Luís Gonzaga, São Nicolau, São João Batista e São Borja. 
  Logo em seguida quando os bandeirantes portugueses e espanhóis chegaram àquelas paragens, já se desenvolvia um sistema sócio, politico e comercial ligado a Europa com um vinculo religioso e em um grande desenvolvimento financeiro e social. 
 Para pôr término àquele império autônomo que se formara na América do Sul e que haviam dividido entre si, Espanha e Portugal uniram-se e, para enxotar padres e índios pela fôrça de tratados.
  Dentro desse contexto, surge a lenda "da Casa de MBororé", o vigia das casas brancas:

  " No tempo dos Sete Povos das Missões, havia um índio velho muito fiel aos padres jesuítas, chamado Mbororé. Com a chegada dos invasores portugueses e espanhóis, os padres precisaram fugir levando em carretas os tesouros e bens que pudessem carregar. Assim, amontoaram o muito que não podiam levar consigo – ouro, prata, alfaias, jóias, tudo!- e construíram ao redor uma casa branca, sem porta e sem janela. Para evitar a descoberta da casa pelo inimigo e o conseqüente saqueio, deixaram o velho índio fiel MBororé cuidando, com ordens severas de só entregar o tesouro quando os jesuítas voltassem às Missões.
   Mas os jesuítas nunca mais voltaram. Com o passar dos anos, o velho índio morreu e o tempo foi marcando tudo, deixando as ruínas de pé como as cicatrizes de um sonho que acabou. Acabou? Não. A Casa de MBororé continua lá num mato das Missões, imaculadamente branca, cuidada pela alma do índio fiel que ainda espera a volta dos jesuítas.
   Às vezes, algum mateiro –lenhador ou caçador- dá com ela, de repente, num campestre qualquer. Imediatamente dá-se conta de que é a Casa de MBororé, cheia de tesouros. Resolve então marcar bem o local para voltar com ferramentas e abrir a força a casa que não tem porta nem janela. Guarda bem o lugar na memória pelas árvores tais e tais, pela direção do sol e coisas assim. Sai, volta com ferramentas, só que nunca mais acha de novo a Casa Branca de MBororé, sem porta e sem janela.”

PAULO MENA PESQUISADOR 
Fonte de consulta:  www.projetoriograndetche.weebly.com, www.paginadogaucho.com.br e  www.portaldasmissoes.com.br/

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