A lenda de Anahí - Flor da Corticeira

Há muito tempo, uma tribo guarani habitava as margens do rio Paraná.
O cacique da tribo era venerado e respeitado por todos os índios, e tinha uma filha cuja beleza cativava quem a visse.*
Seu nome era Anahí, que em guarani significa “aquela de doce voz”.
A princesa índia entoava nostálgicas e misteriosas canções espalhando harmonia ao seu redor.
Certo dia, a paz daquelas tranquilas terras foi quebrada, devido a invasão do homem branco.
Índios e espanhóis entraram em luta e o grande cacique foi morto por um capitão inimigo.
Anahí, cega de dor, jurou vingar a morte de seu pai.
Numa noite sem lua, entrou no acampamento e matou o capitão espanhol, entretanto foi presa sendo condenada a morrer na fogueira.
Amarrada ao poste do suplício, Anahí não soltou um grito sequer, apenas ouviu-se de seus lábios uma melancólica canção de despedida.
Quando só restavam cinzas daquela cruenta fogueira, os soldados, assustados, não podiam acreditar no que seus olhos viam. No mesmo lugar do sacrifício se erguia um tronco milagroso, estendo seus braços transbordantes de flores vermelhas como o sangue.
Desde então, a flor da corticeira adorna e bendiz as agrestes ribeiras e o rio embala esta lenda da frágil indiazinha.
tradução: JFelipe
* Há traduções que dizem que Anahí não era bonita, mas tinha uma voz maravilhosaIsso talvez se deva ao fato da árvore da corticeira  ser feia, ao contrário de sua flor.
A flor da corticeira é a flor nacional da Argentina e Uruguai.

Empreendimentos

Cardeal Missioneiro - Fábio Duzac

Um dia levantei cedo, co'as minhas espora' afiada pra encilhar um cornilhudo que é o florão da matungada, mas, quando saltei no lombo, se embodocou me esperando convidei nas ferramenta' e o loco, que nem tormenta se desmanchou corcoveando. Não me leve a mal, não me leve a mal eu nasci pra ser ginete e quebrar queixo de bagual Rebentou o lóro do estrivo, e a chincha foi pras virilha' berrando e coi...