Com mais de 250 anos, sino missioneiro restaurado está em exposição na PUCRS

O sino de mais de 250 anos não mais badala, mas dele ainda ecoam histórias que podem ser revisitadas na Escola de Humanidades da PUCRS. Está em exposição aberta ao público um raro sino missioneiro em bronze, fundido em 1756 e resgatado interior do Rio Grande do Sul. A descoberta que reúne ensino, pesquisa e patrimônio histórico tem visitação gratuita.  

O artefato foi identificado pelo professor Ir. Édison Hüttner, da Escola de Humanidades da PUCRS, em outubro de 2024 na cidade de São Francisco de Assis, na Fronteira Oeste do Estado. Ele estava na Praça Coronel Manoel Viana, que fica no centro histórico da cidade. O professor Édison, que também coordena o projeto Arte Sacra – Jesuítico-Guarani, trouxe o sino para o Laboratório de Arqueologia do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT) da universidade, onde foi submetido a um minucioso processo de restauração. O objeto também foi submetido a análises técnicas no Instituto do Petróleo e dos Recursos Naturais (IPR) e no Laboratório Central de Microscopia e Microanálises (LabCemm) da PUCRS, para confirmar sua composição, procedência e estado de conservação. 

A pesquisa identificou que o sino foi fundido em 1756 na antiga redução de Santa Maria Maior (na atual Argentina) e que seu material é bronze. Também foi verificada uma rachadura provocada possivelmente logo nas primeiras badaladas, devido a falhas na fundição. A peça mede aproximadamente 50 cm de altura por 44 cm de largura e pesa cerca de 43 kg. No corpo da campana constam inscrições em latim — “Sancta Maria, Mater Dei, ora pro nobis” (“Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós”) — que reforçam seu valor religioso e histórico. 
 

O professor Ir. Édison Hüttner, conta que, ao encontrar o sino em praça pública, sem os devidos cuidados, tomou a iniciativa de pedir apoio à prefeitura de São Francisco de Assis para trazê-lo a PUCRS e salvaguardar sua história. 

“Esse sino é muito importante para nossa história pela sua identidade missioneira. E justamente neste ano, nos 400 anos das Missões Jesuíticas Guaranis, ele é um tributo para celebrarmos essa história e valorizarmos toda a arte missioneira no Rio Grande do Sul”, destaca.   

Todo o processo de restauração foi realizado em aproximadamente um ano e ocorreu em parceria com o Núcleo de Pesquisa Itajuru (NPI), de São Francisco de Assis. Após o período de exibição no campus da PUCRS, o sino seguirá para o Museu Municipal Cônego Hugo, onde irá integrar a coleção de arte sacra barroca jesuítico-guarani do município. 

Serviço 

  • Exposição: Sino Missioneiro (fundido em 1756) – Patrimônio Cultural de São Francisco de Assis 
  • Visitação: segunda a sábado, das 8h30 às 21h 
  • Local: Escola de Humanidades da PUCRS (Prédio 9) – Av. Ipiranga 6.681, Porto Alegre 

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