Carijada - Carijo - processo de produção da Erva Mate

Minha familia fazia esse processo em Erval Seco RS: Corte da Erva pelos "faconeiros" (os que sabem usar o facão cortando de baixo para cima para não lascar o galho cortado e escolhendo o galho com a mesma espessura, ou seja, se corta o galho com a grossura do dedo indicador); faz-se a SAPECAGEM no fogo pelos sapecadores (quem sabe sapecar para não queimar ou deixar sem sapecar as folhas e galhos); Faz-se os feixes para amarrar em "raídos" (ENRAIDAMENTO - feixe de ervas amarradas em tamanho que um ou duas pessoas possa carregar) atados com fios de taquara mansa ou cordas. Leva-se para o BARBAQUÁ ( lugar onde está o CARIJO (trama de taquara ou madeira lastreada) - o fogo é feito a 15 a 20 metros de distancia com lenha boa e este fogo vem por TUNEL por baixo da terra até sair embaixo do carijo a uma média de calor adequado e cuidado pelo TAREFEIRO); Ali no carijo vai-se virando a erva antes toscada de modo a secá-la bem e parelha. Em seguida se larga a erva pelo lado na CANCHA ( para fazer o cancheamento), para passar o CILINDRO de ferro com cunhas ponteagudas que vai quebrando a erva (até ficar cancheada - bem quebradinha, em pedaços pequenos para ser ensacada- por isso a madeira não podem ser muito grandes). Este cilindro de canchear é puxado por um cavalo em volta do carijo (trançado de taquara ou madeira, tipo uma peneira que espalha ou se estende a erva sapecada para secar com o calor brando do fogo). Depois de cancheada a erva é ENSACADA e levada para o SÓQUE DE ERVAS( moinho onde estão os socadores, moedores) ou moinho, geralmente tocada com polias e correias por força de roda d´agua, , onde a erva é finalizada e colocado em tuias de madeiras sequinhas. UM BARBAQUÁ é uma verdadeira indústria de transformação, precisa técnica, profissionais e administradores.
Contribuição: Enio Waldir Silva

 

Empreendimentos

Batalha M'Bororé

As Bandeiras e a Batalha de M’BORORÉ uma grande batalha nas águas. Para entender melhor a Batalha de M’Bororé, ocorrida entre 11 e 18 de março de 1641, na confluência entre o rio Uruguai e o rio Mbororé, no encontro destes rios, próximo ao Penhasco M’Bororé junto ao Porto Vera Cruz, no município de Panambi, na Província de Missiones, na Argentina, onde os nativos guaranis aniquilaram os Bandeirant...