
Diocese de Santo Ângelo destaca dimensão religiosa nas celebrações dos 400 anos das Missões Jesuíticas

As celebrações alusivas aos 400 anos da chegada dos Missionários Jesuítas ao Rio Grande do Sul, que acontecem em 2026, já movimentam a região missioneira com a previsão de grandes eventos, shows e investimentos. No entanto, a Diocese de Santo Ângelo chama a atenção para a importância de não deixar que a dimensão religiosa dessa data histórica seja ofuscada.
Segundo o Coordenador Diocesano de Pastoral, Pe. Leonardo Envall Diekmann, o quadricentenário deve ser também um momento de resgate do verdadeiro significado das Missões Jesuítico-Guarani, reconhecendo a experiência única que uniu fé, cultura, educação e trabalho.
Resgate histórico e espiritual
Ao longo da história, as reduções missioneiras se destacaram pelo modelo socio-organizacional voltado à promoção da vida e ao cuidado das pessoas. A troca de experiências entre os Jesuítas europeus e os povos indígenas possibilitou uma vivência sociocultural singular no sul do Brasil.
Para além da memória dos Sete Povos das Missões, o padre ressalta que é necessário lembrar o testemunho de fé e sacrifício dos mártires, bem como a amizade e os desafios culturais que marcaram o encontro entre dois mundos distintos: o europeu e os indígenas, com suas diversas culturas e costumes.
Convite à reflexão
A Diocese convida os fiéis e a comunidade em geral a aproveitarem este tempo de celebrações não apenas como oportunidade de eventos turísticos, mas sobretudo como momento de conhecimento, reflexão e celebração da herança missioneira.
“Mais do que lugares, ao longo desses 400 anos, falamos em pessoas, em projetos de vida, em modelos de sociedade. Conheça, reflita e celebre”, destacou Pe. Leonardo.