Benzedeiros “Doutoras de antigamente”

As benzedeiras ou as rezadeiras são pessoas típicas das regiões remotas, por vezes sendo a primeira opção de cura onde os médicos e medicamentos eram ou são escassos ou inacessíveis. Tem sua origem e influencia, nos pajés indígenas e também na cultura africana nas regiões onde predominou a colonização com mão-de-obra escrava do negro.
Hoje os tempos são outros mas a cultura se manteve mesmo na atualidade e com todo o avanço tecnológico, contando com os mais modernos e atualizados recursos da medicina. A cultura das rezadeiras ou benzedeiras, mantem-se resiste.
Em um número menor do que antigamente, ainda há pessoas que rezam e acreditam na cura por meio da “benzedura”, mantendo a cultura da oração ou o ato de benzer do modo que foi ensinado pelos pais ou avós, mantendo assim a tradição dos conhecimentos populares.
Junto com o benzimento, existem as rezas, os chás, as ervas, os banhos, os ungüentos, os cantos que acabam dando as pessoas que buscam, a cura.
Os benzimentos ajudam a combater as dores na coluna, problemas nas articulações, reumatismos, quebranto (mau olhado), problemas estomacais, picadas de insetos, depressão, “sangue grosso”, afecções renais e da bexiga, dores de cabeça, dores menstruais, constipações, entre outros males.
Alguns benzimentos são feitos com brasa e ramos, no caso a brasa é acesa e colocada em um copo de água enquanto algumas palavras são pronunciadas pela benzedeira.
Caso a brasa acabe afundando significa que a pessoa está carregada de energias negativas. logo depois parte da água é utilizada para benzer a pessoa com um ramo enquanto novamente palavras são pronunciadas e sendo que a pessoa benzida deve estar de pés descalços em contato com a terra.
Em outros casos acende-se uma vela e reza um Pai Nosso, uma Ave Maria, um Salve Rainha e um Credo, as mesmas orações feitas com cada pessoa atendida nas orações pede-se proteção e que o mal seja afastado.
Como complemento dos benzimentos fazia-se as chamadas garrafadas com ervas, ou para beber ou até se for o caso tomar banho.
Nas décadas de 80 e 90, era comum pais ou avós levarem as crianças para benzer por serem consideradas mais sensíveis. No caso de crianças estando fraca, o banho de alfazema ou lavanda e alecrim vai ajudar porque são ervas que acalmam e fortalecem.
Para mau olhado podemos amassar manjericão e arruda, misturar com álcool de cereais e água, colocar em um borrifador e espirrar na criança durante o dia. Já para catapora ou sarampo, banho de folha de sabugueiro.
PAULO MENA PESQUISADOR
Fonte de consulta : texto de João Carlos Oliveira Antunes www.portaldasmissoes.com.br, ndmais.com.br, www.jornalfolhadosul.com.br/ João A. M. Filho, www.diariodolitoral.com.br e Saberes tradicionais: frutos da proximidade com a natureza na Comunidade Quilombola Ibicuí da Armada.
Fonte : Campereando a História Gaúcha.

Empreendimentos

O Pássaro Cardeal, “O Guerreiro dos Pampas”.

Os Cardeais vivem em casais e são fiéis por toda a vida. São altamente territorialistas, não toleram a aproximação de nenhuma outra ave ou animal, havendo relatos de os Cardeais machos atacam até um Graxaim, espécie de raposa, muito comum no interior gaúcho. Na natureza, costumam habitar descampados, plantações e regiões como os Pampas Gaúchos.  Preparam o ninho com raízes, talos, crinas e pêlos d...