Cerca de Pedra da época dos escravos

Conheça a Mangueira, Taipa ou Cerca de Pedra do século XIX que, foi feita por escravos e é uma verdadeira obra de arte em arte e suor.
No século XIX as fazendas e estâncias da região começaram a contar com construções bem mais duráveis do que as casas de pau-a-pique feitas originalmente em certas propriedades. Muitas terras e Bossoroca é um ótimo exemplo disto, confeccionaram com o trabalho escravo, muros de pedra, principalmente para criar ovelhas e delimitar potreiros.
A cerca ou mangueira construída com blocos de pedra encaixados pode ser vista por imagens de satélite a mais de 10 mil metros de altura graças à vegetação que a salientou, cobrindo-a quase que totalmente.
A cerca dita “do tempo dos escravos” que passa alo largo do Cemitério dos cativos é um ótimo exemplo do trabalho quase que artístico dos escravos iguais a tantos outras pelo Rio Grande do Sul, mas em extensão e conservação seja uma atração impar para conhecimento e estudo.  Junto ao Cemitério dos Cativos.  (Vitoria Faccio Faccio - Também conhecida como taipa) 
Mangueira de Pedra - Jayme Caetano Braun
Velha mangueira crioula, curral de pedra empilhada que até o pastor da manada bombeia com esconfiança, ficaste como lembrança da infância desta querência guardando a mesma inocência dos brinquedos de criança!
Dizem que foi o jesuíta que te ergueu nas solidões, da fronteira, das missões do litoral e da serra para que fosses a encerra 
das primitivas tambeiras e das éguas caborteiras mais livres que a própria terra!
E te plantaram no campo, com metro e meia de altura, meia braça de largura, redonda ou de cantoneiras; quatro varas nas porteiras roliças e descascadas como lanças encravadas no buraco das fronteiras.
E, alí, no aberto, aprumada, remendo na cesmaria te irmanaste com serventia ao laço e à boleadeira qual outra nota campeira da nossa Sociologia prenuciando a trilogia: rampão, rodeio e mangueira.
Depois, ao berrar do gado e ao relinchar da tropilha viste surgir na cochilha um casarão empedrado e o vulto desempenado, de rampão de rente aberta com santa fé na coberta para um bugre empenachado.
Era o galpão do Rio Grande, era a estância que surgia vertente da economia do Brasil Meridional com um abraço cordial aberto na natureza exprimindo a singeleza do velho pago natal.
E se galpão foi o templo da xucra democracia tu foste a arena bravia onde gladiadores novos perpetuaram corcovos uma epopéia sem fim pra que teu rude clarim fosse ouvido noutros povos.
E na estranha sinfonia de Corcom e de Marquascaço de perra de tiro e de laços nas monarcas dos alpões 
nas tomas demarcações junto ao fogão da amizade tu foste o traço da igualdade entre endierras e os atrões 
e tivestes os teus verões.
Velha mangueira retaca desde o que há de botar vaca, artes do poema campeiro até o chiru pataqueiro que, para enlevo das chinas 
fazia rédea das crinas do potro mais caboiteiro.
O tempo foi se passando, modoiicou-se a querência mas tu não perdeste a essência pois mesmo de varejão e até mesmo de listão com tronco, seringa e brete o teu vulto ainda reflete a infância do nosso rincão.
Aos próprios irracionais emprestas calor e afeto pois mesmo aberta e sem teto és vivenda hospitaleira e a vaca que foi campeira fica por ti enfeitiçada passa o dia na invernada e vem dormir na mangueira.
Ao evocar-te,Mangueira, volto à piazinho pequeno, pés molhados de sereno e, às vezes, blusa de chiado campiando vacas estraviadas choramingando de nojo pra depois, beber a bojo, com gosto de madrugada.
Por isso, não admira Mangueira da minha infância a este pobre pia de estância o que tu significas Como tu, sequei meu pranto mas continuo aporriado até ser emangueirado na terra do campo santo.

6km do centro da cidade junto ao Cemitério dos Cativos.

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